Exibir código-fonte para Djavan

{{mais-fontes}}
{{parcial}}
{{Info/Biografia
| nome = Djavan
| imagem = Djavan (cropped).jpg
| imagem_legenda = Djavan em 2009
| imagem_tamanho = 200px
| nome_completo = Djavan Caetano Viana
| nome_artistico = Djavan
| nascimento_data = {{dni|lang=br|27|1|1949}}
| nascimento_local = [[Maceió]], [[Alagoas|AL]]
| nacionalidade = {{BRAn|o}}
| etnia = [[Afro-brasileiros|Afro-brasileiro]]
| altura = 
| ocupação = {{collapsible list|title=|[[Canto (música)|cantor]]<br />[[compositor]]<br />[[produtor musical]]<br />[[Guitarra clássica|violonista]]}}
| período_musical = 1968-presente
| gênero_musical = {{collapsible list|title=|[[MPB]]<br />[[jazz]]<br />[[samba]]<br />[[bossa nova]]<br />[[xote]]<br />[[Regional|música regional]]<br />[[blues]]<br />[[soul]]<br />[[Folk]]<br />[[rock and roll]]}}
| extensão_vocal = [[barítono]]
| instrumentos = {{Lista horizontal|
*[[Canto (música)|vocal]]
*[[Guitarra clássica|violão]]
*[[Guitarra elétrica|guitarra]]}}
| modelos de instrumentos = {{collapsible list|title=|Sadowsky Nylon guitar<br />[[Fender Telecaster]]<br />[[Gibson SG]]<br />[[Yamaha]] AEX-500}}
| gravadora = {{collapsible list|title=|Luanda Records<br />[[Biscoito Fino]]<br/> [[Sony Music]]<br/>[[Universal Music]]<br/>[[EMI]]<br/>[[Som Livre]]}}
| afiliações = 
| rótulo1 = Influências
| dados1 = {{collapsible list|title=|[[Moacir Santos]]<br />[[Gilberto Gil]]<br />[[Jair Rodrigues]]<br />[[Chico Buarque]]<br />[[Caetano Veloso]]<br />[[Tom Jobim]]<br />[[Milton Nascimento]]<br />[[Ivan Lins]]<br />[[Ângela Maria]]<br />[[Gal Costa]]<br />[[Nelson Gonçalves]]<br />[[The Beatles]]<br />[[Stevie Wonder]]}}
| rótulo2 = Influenciados
| dados2 = {{collapsible list|title=|[[Jorge Vercillo]]<br />[[Ana Carolina]]<br />[[Maria Gadú]]<br />[[Cássia Eller]]<br />[[Seu Jorge]]<br />[[Carlinhos Brown]]<br />[[Saulo Fernandes]]<br />[[Ivete Sangalo]]<br />[[Daniela Mercury]]<br />[[Xande de Pilares]]<br />[[Zélia Duncan]]<br />[[Lenine (cantor)|Lenine]]<br />[[Cláudia Leitte]]<br />[[5 a Seco]]}}
| causa_morte = 
| site_oficial = {{URL|http://www.djavan.com.br|djavan.com.br}}
}}
'''Djavan Caetano Viana''' ([[Maceió]], [[27 de janeiro]] de [[1949]]) é um [[Canto (música)|cantor]], [[compositor]], [[produtor musical]] e [[Guitarra clássica|violonista]] [[brasil]]eiro.

As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "[[cor]]es". Ele retrata muito bem em suas composições a riqueza das cores do dia a dia e se utiliza de seus elementos em construções [[metáfora|metafóricas]] de maneira distinta dos demais compositores. As músicas são amplas, confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada.

Djavan combina tradicionais ritmos [[América do Sul|sul-americanos]] com música popular dos [[Estados Unidos]], [[Europa]] e [[África]]. Entre seus sucessos musicais destacam-se "Seduzir", "[[Flor de Lis (canção)|Flor de Lis]]", "[[Lilás (canção)|Lilás]]", "[[Pétala (canção)|Pétala]]", "Se…", "Nem Um Dia", "Eu te Devoro", "Açaí", "Segredo", "A Ilha", "Faltando um Pedaço", "Oceano", "[[Esquinas (canção)|Esquinas]]", "Samurai", "[[Boa Noite (canção)|Boa Noite]]" e "Acelerou".

== Biografia ==
=== 1949-1973: o início ===
Djavan é filho de uma mãe [[negra]] e de um pai branco que trabalhava como ambulante. Sua mãe, lavadeira, entoava [[canção|canções]] de [[Ângela Maria]] e [[Nelson Gonçalves]].<ref name="fac">{{Citar web |url=http://www.facebook.com/pages/We-love-Djavan/42686380387?v=info |título=Biografia no Facebook|autor= |obra= |data= |acessodata=15/4/2007}}</ref> Djavan poderia ter sido jogador de futebol. Lá pelos 11, 12 anos, o garoto Djavan Caetano Viana divide seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de Maceió e o equipamento de som quadrafônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo de escola. Da primeira paixão, despontava como meio-campo no time do [[Centro Sportivo Alagoano|CSA]] ([[Maceió]]), onde poderia ter feito até carreira profissional. Aos 23, chega ao Rio de Janeiro para tentar a sorte no mercado musical. É ''crooner'' de boates famosas - Number One e 706. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista e conterrâneo, conhece João Araújo, presidente da Som Livre, que o leva para a TV Globo. Passa a cantar trilhas sonoras de novelas, para as quais grava músicas de compositores consagrados como "Alegre Menina" ([[Dori Caymmi]], com letra de [[Jorge Amado]]), da novela [[Gabriela (1975)|''Gabriela'']], e "Calmaria e Vendaval" ([[Toquinho]] e [[Vinícius de Moraes]]).

=== 1975-1976: "Fato Consumado", o abre-alas ===
Em três anos, nas horas vagas do microfone, compõe mais de 60 músicas, de variados gêneros; com uma delas, "Fato Consumado", tira segundo lugar no Festival Abertura, feito pela [[Rede Globo]], e chega ao estúdio da Som Livre. De lá sai com seu primeiro disco, das de Aloysio de Oliveira, mítico produtor de [[Carmen Miranda]] a [[Tom Jobim]]. ''[[A Voz, o Violão, a Música de Djavan|A voz, o violão, a música de Djavan]]'', de 1976, é um disco de samba sacudido, sincopado e diferente de tudo que se fazia na época. Visto hoje, este trabalho não marca apenas a estreia de Djavan. Torna-o figura incontornável na história da música brasileira. O seu primeiro álbum trouxe o "carro-chefe": "[[Flor de Lis (canção)|Flor de Lis]]" que se torna um grande ''hit'' nas rádios.<ref name="fac"/><ref name="diccra">{{Citar web |url=http://www.dicionariompb.com.br/djavan/dados-artisticos |título=Dados Artísticos no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira|autor= |obra= Djavan - Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref> Além dos sucessos "Flor de Lis" e "Fato Consumado", o álbum mostra outras composições que ganharam reconhecimento entre críticos e fãs: "[[Maria das Mercedes (canção)|Maria das Mercedes]]", "[[Embola Bola (canção)|Embola Bola]]", "[[Para-Raio (canção)|Para-Raio]]", "E Que Deus Ajude", etc.

=== 1977-1979: "Cara de Índio" ===
Depois de algum tempo fez shows solo durante três meses para a boate 706, e posteriormente sairia da Som Livre integrando-se à [[EMI-Odeon|Odeon]]. Djavan grava seu segundo disco, de título ''[[Djavan (1978)|Djavan]]'', lançado em [[1978]], que posteriormente receberia o subtítulo de "Cara de Índio" (nome da primeira faixa do álbum).<ref name="diccra"/><ref>{{Citar web |url=http://www.allmusic.com/album/alumbramentocara-de-indio-r101775 |título=Alumbramento/Cara de Índio no Allmusic|língua=inglês |autor= |obra= [[Allmusic]] |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref> Empolgada com seu novo artista, a EMI-Odeon investe pesado no album. Com uma orquestra dos melhores músicos da praça de 1978, ''Djavan'', marcado pela descoberta das grandes canções de amor e desamor, consagra-o como um compositor completo.

Além de "[[Cara de Índio]]" que retrata a [[cultura]] e a [[sociedade|visão social]] dos [[Indígenas|índios]] brasileiros, o álbum possui a canção "Álibi" que na mesma época seria gravada por [[Maria Bethânia]], tornando-se um enorme sucesso no país, que foi a faixa-título do álbum de maior sucesso da cantora, ''[[Álibi]]'' (que foi o primeiro álbum de uma intérprete feminina na [[História da Música Brasileira|história da música brasileira]] cuja venda ultrapassou 1 milhão de cópias). Outras canções do mesmo álbum também seriam regravadas: "Dupla Traição", por [[Nana Caymmi]], e "Samba Dobrado", por [[Elis Regina]] no [[Festival de Jazz de Montreux|Montreux Jazz Festival]].<ref name="fac" /><ref>{{Citar web |url=http://letras.terra.com.br/elis-regina/424131/ |título=Samba Dobrado por Elis|autor= Deboraf, elisetom1974 |obra= Letras.terra |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref> Djavan também grava um videoclipe da canção "Serrado" para o programa [[Fantástico]] da [[Rede Globo]] e, mesmo não estando mais na Som Livre, torna-a em mais um sucesso do artista. Dentre outras canções importantes do álbum está "Nereci", constando de várias coletâneas internacionais, sendo classificada na maioria como uma "canção dançante".<ref>{{Citar web |url=http://www.allmusic.com/song/t262414 |título=Nereci em álbuns pela Allmusic|língua=inglês |autor= |obra= Nereci, [[Allmusic]] |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.allmusic.com/album/lifestyles-r806783 |título= Life:Styles: Dj Spinna|língua=inglês |autor= |obra=[[Allmusic]] |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref>

===1980: "Meu Bem Querer"=== 
Dois anos depois, em 1980, Djavan lança ''[[Alumbramento]]'' e mostra que, além de completo, dialoga bem com seus pares. O disco inaugura parcerias com [[Aldir Blanc]], [[Cacaso]] (em "Triste Baía de Guanabara") e [[Chico Buarque]] (em "[[A Rosa (canção)|A Rosa]]"), agora definitivamente colegas de primeiro time da [[MPB]]. A esta altura, talento reconhecido por crítica e público, Djavan vê algumas de suas músicas ganharem outras vozes: [[Nana Caymmi]] grava "Dupla Traição"; [[Maria Bethânia]], "Álibi"; [[Roberto Carlos]], “A Ilha”; [[Gal Costa]], “Açaí"  e “Faltando um Pedaço”; e [[Caetano Veloso]], retribuindo a homenagem do verbo ''"caetanear"'', substitui-o por ''"djavanear"'' em sua versão de "Sina". A canção "Meu Bem Querer" foi [[trilha sonora]] de três [[telenovela]]s da [[Rede Globo]]: ''[[Coração Alado]]'', como tema da personagem Vívian, interpretada por [[Vera Fischer]], ''[[A Indomada]]'', na versão original e ainda foi tema de abertura da novela ''[[Meu Bem Querer]]'', em nova versão. A música se tornou um dos maiores sucessos da carreira do cantor.<ref>{{Citar web |url=http://www.teledramaturgia.com.br/coracaot.htm|título= Trilha sonora de Coração Alado |autor= |obra= Teledramaturgia |data= |acessodata= 20/5/2010}}</ref>

=== 1981: ''Seduzir'' ===

Em 1981 e 1982, Djavan leva o prêmio de melhor compositor pela Associação Paulista dos Críticos de Arte.<ref>{{Citar web|url=http://www.brazilianartists.net/articles/djavan/index_por.htm|título=Brazilian Artist (favor adicionar)|língua=Inglês|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071025031433/http://www.brazilianartists.net/articles/djavan/index_por.htm|arquivodata=2007-10-25|urlmorta=yes}}</ref> O ciclo vitorioso de lançamentos pela EMI-Odeon encerra-se em 1981, com ''[[Seduzir (álbum)|Seduzir]]''. Um disco de afirmação, como o próprio Djavan escreveria em seu encarte: «''O pouco que aprendi está aqui. Pleno. Dos pés à cabeça''». Depois de uma viagem de Djavan à cidade de [[Luanda]] na [[Angola]], surgem as primeiras canções a falar da [[África]] e o início das turnês pelo Brasil, guiadas pela produtora [[Monique Gardenberg]] e o diretor [[Paulinho Albuquerque]]. O álbum ''Seduzir'' foi avaliado pela [[allmusic]] com nota máxima, onde o crítico Alex Henderson compara as composições e estilo musical de Djavan aos do [[Beatles]] e [[Stevie Wonder]], além de citar como significantes faixas como "Seduzir", "Morena de Endoidecer", "Jogral" e "Faltando um Pedaço".<ref>[http://www.allmusic.com/album/r101779 Review na Allmusic por Alex Henderson]</ref> Outra herança de ''Seduzir'' foi a primeira banda própria, de nome Sururu de Capote, composta por [[Luiz Avellar]] no piano, Sizão Machado no baixo, Téo Lima como baterista e Zé Nogueira nos sopros.

=== 1982-1983: ''Luz'' e o reconhecimento internacional ===
Em 1982, a música "Flor-de-lis", ''hit'' instantâneo do disco inaugural, tornou-se o primeiro sucesso de Djavan no disputado mercado norte-americano, na voz da diva Carmen McRae, com o título de "Upside Down". Chega o convite da gravadora CBS, futura Sony Music, e Djavan embarca para [[Los Angeles]] para gravar, sob a produção de Ronnie Foster, um dos principais nomes da música ''[[soul]]'' norte-americana, o disco ''[[Luz (álbum de Djavan)|Luz]]'', que tem a participação de [[Stevie Wonder]] na canção "Samurai", além de outros imensos sucessos como "[[Sina (canção)|Sina]]", "[[Pétala (canção)|Pétala]]", "[[Açaí (canção)|Açaí]]", "[[Capim (canção)|Capim]]" e "[[Luz (canção)|Luz]]". O trabalho resulta em uma mescla da musicalidade brasileira típica de se exportar com a influência [[jazz]]y americana.

Em 1983 participou do maior ''hit'', "Superfantástico", do grupo infantil de grande sucesso [[Turma do Balão Mágico]].

=== 1984-1990: ''Lilás'', ''Meu Lado'', ''Não é Azul, Mas é Mar'' e ''Oceano'' ===
Em 1984, em Los Angeles, Djavan grava ainda um segundo disco, ''[[Lilás (álbum)|Lilás]]'', com a faixa título: "[[Lilás (canção)|Lilás]]", que foi executada mais de 1.300 vezes nas [[rádio (comunicação)|rádio]]s brasileiras em seu dia de estreia. O álbum ainda produz outro grande sucesso para as rádios: "[[Esquinas (canção)|Esquinas]]".

Em 1985, é lançada uma compilação do repertório dos álbuns ''Luz'' e ''Lilás'' nos [[EUA]].

Seguem-se dois anos de viagens em turnê pelo mundo. Ainda nesta época, Djavan se dedica a carreira de ator, no filme [[Para Viver um Grande Amor (filme)|''Para Viver um Grande Amor'']], de [[Miguel Faria Jr.]], no qual Djavan interpreta um mendigo apaixonado que se apaixona pela moça rica, interpretada por [[Patrícia Pillar]]. Djavan também produziu e compôs juntamente com [[Chico Buarque]] para a [[Para Viver um Grande Amor (trilha sonora)|''Para Viver um Grande Amor'']].

Por volta dos anos de 1983-1984 havia rumores de um caso [[Adultério|extraconjugal]], em que Djavan teria se envolvido com a [[atriz]] [[Glória Pires]]; este fato foi desmentido pelo próprio cantor em uma entrevista a revista [[Playboy (Brasil)|Playboy]], tendo afirmado para a revista ''"(Glória Pires) Tinha esse encantamento por mim...Mas não chegamos a namorar, não."'' Na mesma publicação, Djavan afirmou que a sua relação extraconjugal envolveu a atriz [[Patricia Pillar]], com a qual se relacionou por onze meses, tendo-se iniciado nas gravações do filme [[Para Viver um Grande Amor (filme)|Para Viver um Grande Amor]], onde contracenaram; Djavan separou-se de Aparecida, sua mulher, mas não manteve mais contato com Patrícia.<ref>DJAVAN: entrevista. '''Revista [[Playboy (Brasil)|Playboy]]'''. São Paulo: Ed. Abril, n. 281, dezembro de 1998.</ref><ref>{{citar web|url=http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=5981&cat=Artigos&vinda=S|título=Entrevista com Djavan|autor=|data=|publicado=site Usina das Letras|acessodata=24 de setembro de 2018}}</ref>

Em 1986, volta a gravar no Brasil. ''[[Meu Lado|Meu lado]]'', além do retorno, é também um recomeço. Uma volta ao [[samba]], já com estilo musical identificado pelo público, mas também um passeio por [[Baião (música)|baiões]], canções e baladas. Este é o Djavan em dez anos de carreira: explorador do som das palavras, das imagens inusitadas, da variedade rítmica, das brincadeiras com andamentos, melodias fora dos padrões e riqueza harmônica. Presente em outras canções, a ancestralidade africana está impressa em ''Meu lado'', com a "Hino da Juventude Negra da África do Sul" e com ainda maior vigor em "Soweto", sua primeira canção efetivamente de protesto, música que abre ''[[Não É Azul, mas É Mar|Não é azul, mas é mar]]'' (1987), gravado novamente em Los Angeles e lançado como [[Bird of Paradise (álbum de Djavan)|''Bird of Paradise'']], com canções em inglês de Djavan: "Stephe's Kingdom" (com participação de [[Stevie Wonder]]<ref>{{Citar web |url=http://www.univision.com/uv/music/1003263/Djavan/biografia;jsessionid=EZEQFAH4AAZE4CWIABTCFEYKZAABUIWC |título= |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>),'' "''Bird of Paradise"e'' "''Miss Sussana"''.''

O disco seguinte, ''[[Djavan (álbum de 1989)|Djavan]]'' (1989), é lembrado como «aquele de "Oceano"», o clássico, uma daquelas raras canções perfeita em forma, conteúdo, música e letra. A faixa-título, inclusa na trilha sonora da novela [[Top Model (telenovela)|''Top Model'']], torna-se um dos maiores sucessos do compositor. O álbum produz ainda outros sucessos como "Cigano", "Avião" e "Mal de Mim", esta inclusa na minissérie da [[TV Globo]] ''[[O Sorriso do Lagarto]]'' . Assim como [[Bird of Paradise (álbum de Djavan)|''Bird of Paradise'']], [[Oceano (álbum de Djavan)|''Oceano'']] também é lançado no exterior em 1990, com o título de ''[[Puzzle of Hearts]]'', contendo versões em inglês para as faixas "Avião" ("Being Cool"), "Oceano" ("Puzzle of Hearts") e "Curumim" ("Amazon Farewell").

===Anos 1990: diversificação de estilos em ''Coisa de Acender'', ''Novena'', ''Malásia'' e ''Bicho Solto''===
Djavan inicia os [[década de 1990|anos 90]] com o aclamado álbum ''[[Coisa de Acender]]''. Lançado em 1992, é um dos álbuns mais criativos e diversificados do cantor, onde se pode notar uma grande influência de estilos como [[jazz]], [[soul]], [[blues]] e [[funk]] norte-americano, aliados ao estilo inconfundível de suas composições. Merecem destaque as faixas "[[Linha do Equador (canção)|Linha do Equador]]" (parceria de Djavan e [[Caetano Veloso]]), "Se", "Boa Noite", "Alivio", "Outono" e "A Rota do Indivíduo (Ferrugem)"'','' uma balada densa e introspectiva, de melodia complexa e muito elaborada. Na fusão de ritmos e harmonias inovadoras de ''Coisa de Acender'', voltam as parcerias, entre elas, com a filha Flávia Virginia, no vocal em várias faixas.

Aos 45 anos de vida e 20 de carreira, em 1994, Djavan lança [[Novena (álbum)|''Novena'']], obra que marca sua maturidade. Inteiramente composto, produzido e arranjado por ele, o disco consolida o trabalho com sua banda, composta então por Paulo Calazans no teclado, Marcelo Mariano ou [[Arthur Maia (músico)|Arthur Maia]], baixo, Carlos Bala na bateria e Marcelo Martins, sopros.

Com [[Malásia (álbum)|''Malásia'']] (1996), a banda se expande e ganha a participação do naipe de metais: Marçalzinho na percussão, Walmir Gil no trompete e François Lima no trombone. O álbum traz raro, três faixas de outros compositores: “Coração Leviano”, de [[Paulinho da Viola]], “Sorri”, versão de [[João de Barro|Braguinha]] para “[[Smile (canção de Charlie Chaplin)|Smile]]”, de [[Charles Chaplin|Chaplin]] e “Correnteza”, de [[Tom Jobim]] e [[Luiz Bonfá]]. No disco, Djavan está reflexivo e melódico. Duas músicas deste álbum, ''Correnteza'' e ''Nem Um Dia'', fizeram parte respectivamente das trilhas sonoras das novelas de grande sucesso ''[[O Rei do Gado]]'' e ''[[Por Amor (telenovela brasileira)|Por Amor]]''. O álbum ''[[Bicho Solto]]'' (1998), dois anos depois, já traz o artista festivo e dançante, incendiando pistas ao ritmo do funk.

Ambos os trabalhos comemoram os 20 de carreira, o primeiro com seu estilo pessoal, o segundo, com o rejuvenescimento do artista. Entre as parcerias, a entrada definitiva do guitarrista Max Viana, seu filho, na banda. A marca de dois milhões de cópias vendidas fica a cargo do duplo [[Djavan Ao Vivo|''Ao Vivo'']] (1999). Primeiro gravado fora dos estúdios, o disco traz quase uma antologia de sua obra, com 24 faixas, 22 grandes sucessos. O lançamento leva Djavan a três anos de turnê.

=== Anos 2000: ''Milagreiro'', ''Vaidade'', ''Na Pista, etc.'' e ''Matizes''===
A canção "Acelerou" foi escolhida a melhor canção brasileira de [[2000]] no [[Grammy Latino]].<ref>{{Citar web|url=http://cliquemusic.uol.com.br/br/Cybernotas/Cybernotas.asp?Nu_materia=734|título=|língua=|autor=|obra=|data=|acessodata=|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080212081806/http://cliquemusic.uol.com.br/br/Cybernotas/Cybernotas.asp?Nu_materia=734|arquivodata=2008-02-12|urlmorta=yes}}</ref> No ano [[2000]], Djavan recebeu os [[Prêmio Multishow de Música Brasileira|Prêmios Multishow]] de melhor cantor, melhor show e melhor CD.<ref>{{Citar web |url=http://globosat.globo.com/multishow/tv/pmmb/2008/academia.asp?pintAno=2000 |título= |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> ''[[Milagreiro (álbum)|Milagreiro]]'', de 2001, é uma dupla volta para casa. O primeiro gravado integralmente em seu estúdio caseiro, com a ajuda dos filhos Max e João Viana e Flávia Virginia, e um retorno à casa original, [[Alagoas]], com a onipresente temática nordestina. Em 2004, o músico comemora independência total, com a criação de sua própria gravadora, a Luanda Records, que viria a lançar seus dois discos seguintes, [[Vaidade (álbum)|''Vaidade'']] (2004) e ''Na Pista, etc.'' (2005), além de um disco de suas canções remixadas para dançar e [[Matizes (álbum)|''Matizes'']], (2007). É o surgimento do empresário Djavan Caetano Viana.

=== Anos 2010: ''Ária'', ''Rua dos Amores'' e ''Vidas pra Contar'' ===
[[Ficheiro:Djavan2011.jpg|miniaturadaimagem|direita|150px|Djavan durante um show em 2011]]
Em 2010, [[Ária (álbum)|''Ária'']] é o primeiro em que Djavan exerce exclusivamente a arte de interpretar canções de outros compositores. Sempre rigoroso na condução de sua carreira, ele aguardou o auge da maturidade vocal para se debruçar sobre um repertório escolhido entre a sua memória afetiva e suas antenas sempre ligadas para o que é musical e interessante.

Em 2012 lança ''[[Rua dos Amores]]''. Após quatro anos sem deliberadamente compor nada –além do intenso envolvimento com ''Ária''– Djavan nos presenteia com este novo disco. Passeando pelos ritmos e sonoridades brasileiras como quem atravessa a rua onde nasceu, cresceu e se criou, o autor assina letras e melodias das 13 novas canções, fez todos os arranjos e é o produtor do CD. ''Rua dos amores'' é um disco de canções de amor, ponto. E canções as mais diversas possíveis, na forma e no conteúdo. Ouvi-las é passear por essa diversidade, sem perda de um estilo único jamais. A música "Vive", em parceria com [[Maria Bethânia]], é tema da novela ''[[Salve Jorge]]''.

No ano de 2014 é lançado o CD e DVD ''Rua dos Amores Ao Vivo''. Neste estão presentes sucessos do cantor, além da música inédita "Maledeto".

Em 2015 Djavan recebe um [[Grammy Latino]] pelo conjunto da obra. Em 2016, foi indicado ao [[Grammy Latino de Gravação do Ano]] e ao Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa por sua canção "Vidas Pra Contar"; o álbum da faixa homônima, também foi indicado ao [[Grammy Latino de Álbum do Ano]] e ao Grammy Latino de Melhor Álbum Cantador.<ref name="latingrammy16">{{citar web|título=Lista completa de nominados a Latin GRAMMY 2016|url=http://www.univision.com/especiales/latin-grammy/lista-completa-de-nominados-a-latin-grammy-2016|obra=[[Univision]]|publicado=[[Univision Communications]]|acessodata=1 de outubro de 2016|data=21 de setembro de 2016}}</ref>

Em 2018, ganhou um álbum tributo em ritmo de [[reggae]] intitulado ''Jah-Van – Djavan goes Jamaica'' produzido por BiD e Fernando Nunes.<ref>[https://g1.globo.com/musica/blog/mauro-ferreira/post/disco-coletivo-jah-van-transporta-obra-de-djavan-para-universo-musical-da-jamaica.ghtml Disco coletivo 'Jah-Van' transporta obra de Djavan para universo musical da Jamaica]</ref>

== Discografia ==
{{AP|Discografia de Djavan}}
* 1976 - ''[[A Voz, o Violão, a Música de Djavan]]''
* 1978 - ''[[Djavan (álbum de 1979)|Djavan]]''
* 1979 - ''[[Alumbramento]]''
* 1980/1981 - ''[[Seduzir (álbum)|Seduzir]]''
* 1982 - ''[[Luz (álbum de Djavan)|Luz]]''
* 1984 - ''[[Lilás (álbum)|Lilás]]''
* 1986 - ''[[Meu Lado]]''
* 1987 - ''[[Não É Azul, mas É Mar]]''
* 1988 - ''[[Bird of Paradise (álbum de Djavan)|Bird of Paradise]]'' (com versões em inglês de canções de ''Não É Azul, mas É Mar'')
* 1989 - ''[[Djavan (álbum de 1989)|Djavan]]'' (conhecido também como ''Oceano'')
* 1990 - ''[[Puzzle of Hearts]]'' (com versões em inglês de canções de ''Djavan'')
* 1991 - ''[[Flor de lis (álbum)|Flor de Lis]]'' (lançamento no exterior de ''A Voz, O Violão, a Música de Djavan'')
* 1992 - ''[[Coisa de Acender]]''
* 1994 - ''[[Esquinas (álbum de Djavan)|Esquinas]]'' (versões em espanhol de alguns de seus maiores sucessos)
* 1994 - ''[[Novena (álbum)|Novena]]''
* 1996 - ''[[Malásia (álbum)|Malásia]]''
* 1998 - ''[[Bicho Solto]]''
* 1999 - ''[[Djavan Ao Vivo]]''
* 2001 - ''[[Milagreiro (álbum)|Milagreiro]]''
* 2004 - ''[[Vaidade (álbum)|Vaidade]]''
* 2005 - ''Na Pista, etc.''
* 2007 - ''[[Matizes (álbum)|Matizes]]''
* 2010 - ''[[Ária (álbum)|Ária]]
* 2011 - ''[[Ária Ao Vivo]]
* 2012 - ''[[Rua Dos Amores]]
* 2014 - ''Rua dos Amores ao Vivo''
* 2015 - ''Vidas Pra Contar''
* 2018 - ''Vesúvio''

{{Referências}}

== Ligações externas ==
* {{Link||2=http://www.djavan.com.br |3=Página oficial}}
* {{Link||2=http://www.facebook.com/djavanoficial |3=Djavan oficial no Facebook}}
* {{Link||2=http://www.myspace.com/djavan |3=Djavan oficial no Myspace}}
* {{Link||2=http://www.flickr.com/photos/djavanoficial |3=Djavan oficial no Flickr}}
* {{Link||2=http://www.twitter.com/djavanoficial |3=Djavan oficial no Twitter}}
* {{Link|es|2=http://www.fronteramusical.com.ar/notas/djavan.htm |3=Nota sobre Djavan en Frontera Musical}}

{{Djavan}}
{{Prêmio Multishow de melhor cantor}}
{{Portal3|Música|Alagoas|Brasil}}
{{Controle de autoridade}}

[[Categoria:Djavan| ]]
[[Categoria:Cantores afro-brasileiros]]
[[Categoria:Violonistas de Alagoas]]
[[Categoria:Cantores de Alagoas]]
[[Categoria:Naturais de Maceió]]
[[Categoria:Artistas da Sony Music Entertainment]]
[[Categoria:Compositores de Alagoas]]
[[Categoria:Brasileiros de ascendência neerlandesa]]
[[Categoria:Vencedores do Grammy Latino]]
[[Categoria:Compositores de trilhas sonoras do Brasil]]
[[Categoria:Produtores musicais do Brasil]]
[[Categoria:Sambistas]]
[[Categoria:Arranjadores do Brasil]]
[[Categoria:Arranjadores de Alagoas]]
[[Categoria:Músicos de funk]]
[[Categoria:Músicos de samba]]
[[Categoria:Músicos de música popular brasileira]]
[[Categoria:Músicos de jazz]]
[[Categoria:Músicos de soul]]