Mudanças entre as edições de "Joyce Cristina Cursino de Abreu"
(Uma revisão intermediária pelo mesmo usuário não está sendo mostrada) | |||
Linha 112: | Linha 112: | ||
* [https://www.youtube.com/watch?v=xfgfhC9lDAg Squat na Amazônia] | * [https://www.youtube.com/watch?v=xfgfhC9lDAg Squat na Amazônia] | ||
* [https://tvbrasil.ebc.com.br/sacoleiras-sa Sacoleiras S/A] | * [https://tvbrasil.ebc.com.br/sacoleiras-sa Sacoleiras S/A] | ||
− | * [ | + | * [https://www.youtube.com/watch?v=eBbUE48zC2g&t=148s Amazônia Oculta] |
− | |||
== Reportagens e entrevistas == | == Reportagens e entrevistas == |
Edição atual tal como às 10h55min de 10 de dezembro de 2021
Joyce Cursino | |
---|---|
Nome completo | Joyce Cristina Cursino de Abreu |
Nascimento | 04 de O primeiro parâmetro é necessário, mas foi fornecido incorretamente! de 1996 (28 anos)Nascidos São Paulo, SP, Brasil |
Nacionalidade | Brasileira |
Resumo
Joyce Cristina Cursino de Abreu (Belém, 4 de agosto de 1996), é uma jornalista, cineasta e atriz. Começou sua carreira como estagiária na Fundação Nazaré, ao fim de sua graduação começou a trabalhar no SBT Pará onde produziu a série “Infância Perdida”. Ficou conhecida na sua cidade interpretando Valentina na série “Squat na Amazônia”. Também atuou, roteirizou e dirigiu alguns episódios da primeira temporada da websérie “Pretas”. Atualmente, Joyce é fundadora e diretora executiva do “Negritar Filmes e Produções”.
Infância
Joyce nasceu no bairro de Jurunas, periferia de Belém, Pará. Aprendeu a ler e escrever com 3 anos[1].
Joyce, desfilou no colégio, participou de concurso de Miss e de dança – hobby que leva consigo até hoje, como uma válvula de escape. Os principais ritmos que gosta de dançar são típicos da sua terra natal: o carimbó, tecnobrega e brega.
Primeira neta, Joyce foi criada somente pela mãe, com ajuda de algumas tias, principalmente Sandra, com quem tem bastante contato. Na infância, vivia em uma casa de um só cômodo sem janela. Sua paixão pela TV vem desde pequena, assistia às novelas pela janela de seus vizinhos ou então, na casa de suas tias, já que sua condição financeira não permitia comprar uma televisão[2].
Família
Sua relação com seus familiares sempre foi muito forte e próxima. Costumava passar as férias no interior de Bujaru brincando com seus primos, tomava banho de igarapé, brincava na casinha da árvore e pegava fruta direto do pé. Sendo primogênita, sempre foi responsável por cuidar das crianças. Joyce teve uma infância com sabor de interior, como ela mesma define[3].
Adolescência
A adolescência passou em Jurunas, bairro que nasceu, na periferia de Belém. Joyce começou a trabalhar muito cedo, aos doze anos, como cobradora nas kombis e vans dos seus tios e do padrasto. Aos finais de semana, fazia cursinho pré-vestibular gratuito na Universidade Federal do Pará (UFPA).
Ainda no ensino médio começou a trabalhar com jornalismo, como voluntária da ONG NOOLHAR, onde atuou como repórter mirim no projeto “Ideias que Transformam”, para adolescentes de escola pública. A participação no grupo despertou sua paixão pelo jornalismo, profissão que escolheu. Em seguida, Joyce conseguiu um trabalho de jovem aprendiz na área administrativa do Tribunal de Contas do Município. Com o salário passou a pagar um curso preparatório para os vestibulares, mas, com a rotina exaustante e cansativa, não conseguia se dedicar o suficiente. No decorrer dos anos, o retorno financeiro permitiu que ela reformasse a casa que vivia com a mãe.
A juventude foi marcada pelas idas frequentes à Paróquia Santa Teresinha, onde dedicava seu tempo livre com atividades da Pastoral da Juventude. Fez a primeira comunhão e crisma, além de ter liderado um grupo de jovens chamado Cultural, que fazia ações de assistência social no bairro e apresentações culturais de teatro e danças tradicionais, como o carimbó. Hoje, ela não é praticante de nenhuma religião, mas já frequentou diversas.
Faculdade
Em 2019 se formou em jornalismo com o TCC “Ele não: mulheres paraense contra o facismo”, um curta-metragem sobre o movimento feminino no Pará contra a eleição de Jair Bolsonaro, pela Universidade da Amazônia (UNAMA) e em Rádio e TV pela escola de comunicação Papa Francisco.
Carreira
Após o final da graduação integrou a redação do SBT Pará, onde conquistou a todos pelo carisma[4].
Joyce trabalhou com jornalismo cultural cobrindo festivais independentes, como o Boulevard, Mangueirosa e Festival Amazônico de Cerveja. Durante a universidade, estagiou na Fundação Nazaré, na rádio UNAMA, na TV Cultura, participou do Globo Lab Profissão Repórter, uma imersão na redação do Profissão Repórter, com mentoria de Caco Barcellos e equipe.
No SBT, Joyce produziu a série jornalística “Infância Perdida”, sobre trabalho infantil trazendo sua própria experiência, que foi premiada nacionalmente pelo Ministério Público do Trabalho. Na empresa, ela foi convidada para fazer parte de um Comitê de diversidade e combate ao racismo, que desenvolve atividades e encontros para conscientizar a empresa sobre causas sociais.[5].
Quando saiu do SBT, trabalhou como assessora na Secretaria de Cultura do Estado do Pará por seis meses.
Atriz
Em paralelo, Joyce começou no cinema como atriz, interpretando Valentina na série “Squat na Amazônia”, série que conta a história de jovens atores que são constantemente frustrados pela realidade da produção teatral na Amazônia. O papel a deixou conhecida em sua cidade e abriu portas para outras oportunidades. Também atuou, roteirizou e dirigiu alguns episódios da primeira temporada da websérie “Pretas”, idealizada por Lucas Moraga, onde encontrou vários desafios[6].
Atuou nos longas-metragens “Eu, Nirvana”, “A Besta Pop” e “Cidade Ilhada” e integrou também o elenco e a produção das séries “Squat na Amazônia”, “Sacoleiras S/A”, “Amazônia Oculta” e “Condor”.
Premiação
A produção, “Pretas”, que conta a história de Abigail, uma pugilista que tenta equilibrar carreira, maternidade, racismo e enfrentar os preconceitos por ser mulher e negra na Amazônia, ganhou o prêmio internacional de “Melhor Série de Diversidade” pelo Rio Web Fest, em 2018.
Em 2021, aos 25 anos, ela também foi uma das 5 finalistas e a única brasileira, na competição internacional Black Women Disrupt the Web, onde dirigiu, roteirizou e atuou na série “Resiliência”, que foi transmitida pela plataforma global de cineastas negros e negras, a KweliTV.
Produções audiovisuais
Produtora e roteirista em produções audiovisuais como: a série “Diz aí Juventude Negra e Indígena” e do curta-documentário “Açaí, mais que um fruto”, ambos para exibição no Canal Futura, também fez o documentário “A Alma do Cinema não tem cor“, o curta “Que história você quer contar?” e “Falsa Abolição”.
Durante a pandemia de Covid-19, Joyce foi responsável pela direção e produção executiva da WebSérie “Pretas na Pandemia”, gravada na vertical e lançada em 20 de novembro de 2021[7].
Projetos
Após notar que era uma das únicas pessoas negras nas telas e na produção de cinema, começou a pesquisar e percebeu que poucas mulheres negras da Amazônia estavam à frente de projetos audiovisuais.[8]
Entre os projetos, fez parte de um ciclo de palestras pelo SEBRAE nas cidades do interior do Pará. Depois fez seu primeiro curta-metragem, o “É Coisa de Preta”, que apresenta relatos de mulheres negras de diferentes regiões do Brasil com sede de contar histórias e construir suas próprias narrativas no cinema. A produção ganhou o prêmio de melhor mini documentário no Festival Osga de Vídeos Universitários em 2017. Joyce teve seu primeiro contato com festivais de cinema quando o curta rodou eventos em todo país e, novamente, ela se deparou com pouquíssimas pessoas negras.
Negritar filmes e produções
No final de 2018, surgiu a ideia de criar a Negritar Filmes e Produções, uma produtora audiovisual paraense composta 100% por pessoas, da qual Joyce é fundadora e diretora executiva. A empresa atua com produção cultural e audiovisual, comunicação social, empreendedorismo, arte e educação e formação e tem como objetivo fortalecer a cultura negra amazônica.[9].
Em 2019, a Negritar realizou o projeto Telas em Movimento, coordenado por Joyce, que busca democratizar o acesso ao cinema nas periferias e comunidades da Amazônia, por meio de oficinas de audiovisual e exibições cinematográficas.
Júri
Joyce ainda fez parte do júri de alguns festivais de cinema como “Amazônia Doc”, “Cine Alter”, “Festival Toró” e “Festival de videoclipe Arriégua[10]”.
Filmes e curtas
- É Coisa de Preta
- Web Série Pretas
- SBT PARÁ (21.07.2017) Belém é cenário do filme “Eu, Nirvana”
- Ele Não: Mulheres Paraenses contra o facismo
- Falsa Abolição
- Série Pretas
- A Alma do Cinema não tem cor
- A Besta Pop
- Squat na Amazônia
- Sacoleiras S/A
- Amazônia Oculta
Reportagens e entrevistas
- Cineasta negra paraense vai representar o Brasil em concurso internacional de webséries
- SBT contrata a repórter Joyce Cursino em regional do Pará
- Cineasta paraense Joyce Cursino é a entrevistada no 10° episódio do Podcast Cultural/
- Dira Paes e Babu Santana abrem programação de festival paraense sobre cinema feito nas periferias
- Telas em Movimento leva cinema e audiovisual à periferia de Belém
- No Pará, desenhos feitos por crianças quilombolas ribeirinhas e periféricas viram animação
- Festival que propõe acesso ao cinema pela periferia abre com bate papo com Dira Paes e Babu Santana
- Circuito – Eu, Nirvana Websérie “Pretas na Pandemia” será lançada no dia 20
- Cineastas pretas e filhas de domésticas no Pará lançam série e fazem história no audiovisual
- Websérie “Pretas na Pandemia” será lançada no dia 20
Citação
- ↑ Entrevista concedida por Sandra Cursino no dia 13/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Sandra Cursino no dia 13/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Sandra Cursino no dia 13/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Elis O. S no dia 16/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Elis O. S. no dia 16/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Joyce Cursino no dia 18/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Joyce Cursino no dia 18/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Joyce Cursino no dia 18/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Joyce Cursino no dia 18/11/2021
- ↑ Entrevista concedida por Joyce Cursino no dia 18/11/2021