Mudanças entre as edições de "Bianca Santana"

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Bianca Santana (São Paulo,1984) é uma escritora, jornalista, ativista e taróloga brasileira<ref>{{Citar periódico|data=2016-09-27|titulo=Profissão: taróloga. Mulheres contam como é trabalhar com a leitura de cartas. {{!}} CLAUDIA|jornal=CLAUDIA|url=http://claudia.abril.com.br/sua-vida/profissao-tarologa-mulheres-contam-como-e-trabalhar-com-a-leitura-de-cartas/}}</ref>. É de sua autoria Quando me descobri negra,um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria "Ilustração".
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Bianca Maria Santana de Brito é uma jornalista, escritora e professora brasileira. Nascida em São Paulo Capital no dia 23 de Abril de 1984, é autora de "Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro"[https://books.google.com.br/books?id=rdkiEAAAQBAJ&newbks=0&hl=pt-BR&redir_esc=y] e de "Quando me decobri negra[https://www.google.com.br/books/edition/Quando_me_descobri_negra/PX84DwAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=0 ], o qual recebeu o Prêmio Jabuti[https://www.premiojabuti.com.br/premiados-por-edicao/premiacao/?ano=2016&categoria=fe831c46-5321-e811-a837-000d3ac085f9 ] de melhor ilustração. Atualmente a jornalista é colunista da Revista Gama[https://gamarevista.uol.com.br/colunistas/bianca-santana/] e colaboradora da Revista Cult [https://revistacult.uol.com.br/home/colunistas/bianca-santana/]. Também é diretora executiva da Casa Sueli Carneiro, onde ministra os cursos "Fazedoras de Memórias Negras" e "Ciclo de Conferências Negras", com o Instituto Singularidades[https://institutosingularidades.edu.br/]. Compõe os conselhos da Artigo 19, dos institutos Marielle Franco[https://www.institutomariellefranco.org/]e Vladmir Herzog[https://vladimirherzog.org/]. Também foi escritora residente na Escola de Português de Middlebury College[https://www.middlebury.edu/language-schools/languages/portuguese] em 2021.
  
===CARREIRA===
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== Biografia ==
Estudou Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, Mestra em Educação pela Universidade de São Paulo e Doutora em ciência da informação pela Escola de Comunicações e Artes também na USP - com uma tese sobre memória e escrita de mulheres negras.
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Formada em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero[https://casperlibero.edu.br/], é mestre em Educação e doutora em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo[https://www5.usp.br/]. Em sua trajetória acadêmica, pesquisou os recursos educacionais abertos, onde co-organizou a pesquisa "Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas"[https://livrorea.aberta.org.br/wp-content/uploads/2012/05/REA-santana.pdf] junto a Carolina Rossini e Nelson De Luca Pretto.
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Foi considerada "mulher inspiradora" em 2015 e 2016, na área da literatura, pelo projeto feminista Think Olga[https://thinkolga.com/]. É ativista do movimento negro e do movimento feminista, sendo associada da SOF – Sempreviva Organização Feminista[https://www.sof.org.br/]. Era uma das representantes da coalizão negra por direitos[https://coalizaonegrapordireitos.org.br/] na Uneafro[https://uneafrobrasil.org/], onde ajudou na sua formação, que hoje reúne 250 entidades de movimento negro de todo o Brasil. Além disso, é uma simpatizante não iniciada da religião do candomblé, como falou em entrevista dada para o projeto WikiAfro em outubro de 2021.
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Organizou a coletânea "Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e polícias do cotidiano"[https://www.expressaopopular.com.br/loja/produto/inovacao-ancestral-de-mulheres-negras-taticas-e-politicas-do-cotidiano/] e "Vozes insurgentes de mulheres negras: do século XVIII à primeira década do século XXI"[https://rosalux.org.br/vozes-insurgentes/].
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Também é uma taróloga, onde foi incentivada por sua tia pela prática, como conta em entrevista para a revista Cláudia[https://claudia.abril.com.br/sua-vida/profissao-tarologa-mulheres-contam-como-e-trabalhar-com-a-leitura-de-cartas/].
  
Foi professora da Faculdade Cásper Líbero e da pós-graduação em jornalismo multimídia na FAAP.
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== Vida Pessoal ==
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Nascida e criada em São Paulo, na Zona Norte, próximo a Vila Medeiros, Bianca mudou de bairro aos 3 anos para a Vila Sabrina. Depois, aos 14, se mudou com a família para a fronteira entre Jardim Brasil e Parque Edu Chaves, onde foi bolsista na escola técnica integrada ao ensino médio no Liceu de Artes e Ofícios[https://www.liceuescola.com.br/ensino-medio/?gclid=Cj0KCQiAqbyNBhC2ARIsALDwAsAbKPQWfqqPLIpUpCYg5t0V6W7WXq8GZJdT6mSQiyLBJdczP_NTaMMaAu8_EALw_wcB], estudando desenhos de construção civil. Em 2003, quando entrou na Faculdade Cásper Líbero, no curso de Jornalismo[https://casperlibero.edu.br/graduacao/cursos/jornalismo/], começou a morar no centro da cidade enquanto trabalhava. No início, Bianca além de cursar jornalismo também cursava ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP)[https://www5.usp.br/ensino/graduacao/cursos-oferecidos/ciencias-sociais/], até que desistiu em 2005, focando apenas no curso de comunicação e se formando neste em 2006.
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Bianca Santana possui mestrado na FEA (Faculdade de Educação da USP) (de 2008 até 2012), sobre as “Tecnologias de Informação e Comunicação na educação de Jovens e Adultos”[https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-01102012-103931/pt-br.php]. Também fez doutorado em Ciência da Informação na ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP), sobre “A escrita de si de mulheres negras: memória e resistência ao racismo”[https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-01032021-161836/pt-br.php], começando em 2016 e finalizando a pesquisa em 2020.
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Seu primeiro estágio foi em um escritório de engenharia, onde calculava a quantidade de concreto armado para as lajes. Fez os cálculos das lajes da nova ala do Hospital São Luiz, onde posteriormente teve seus filhos. Depois, foi professora de inglês em uma escola ligada a alguns sindicatos, além de trabalhar na Cásper Líbero como editora do Jornal Laboratorial Esquinas[https://casperlibero.edu.br/publicacoes/revista-esquinas/].
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Em 2001, Bianca fraturou duas vértebras ao cair de uma altura de sete metros, quebrando a C5 e a C6, próxima à região do pescoço. No mesmo ano, ainda se recuperando da queda com um colar cervical, a jornalista descobriu um nódulo benigno no seio, precisando entrar em cirurgia e fazer biópsia.
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Em 2008, grávida de seu primogênito Lucas, Bianca começou a morar junto de seu companheiro, com quem é casada desde 2012, quando estava grávida de sua caçula, Cecília. Em sua primeira gestação, ela teve pré-eclâmpsia, uma situação de risco tanto para a mãe quanto para o filho, o que a obrigou a realizar parto induzido. O filho do meio, Pedro, nasceu dois anos depois.
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Bianca, na época da escola, era muito boa em matemática e sempre gostou muito da matéria, apesar de procurar uma profissão onde poderia fazer alguma diferença social. Por conta dessa vontade, quando criança cogitou se tornar freira, e mais tarde tentou fazer medicina em Cuba.
  
É colunista da ECOA-UOL e da revista Gama. Colaboradora da revista Cult.
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== Carreira ==
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No primeiro momento, Bianca não pensava em seguir a carreira de jornalismo, cogitando a possibilidade de se tornar professora. No final do ensino médio, encaminhou alguns documentos para Cuba para tentar ingressar em uma faculdade de medicina. Apesar de ter passado, após o acidente que comprometeu duas de suas vértebras, ela desistiu da ideia e prestou 5 cursos de vestibular: relações internacionais, psicologia, ciências sociais, filosofia e jornalismo. Este último só se tornou uma opção após uma conversa com a bibliotecária da escola que a recomendou o curso. Desigualdade era algo que a incomodava e seu desejo de trabalhar pelas pessoas a motivou com a escolha de carreira.
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Entre 2006 e 2007, Bianca foi colaboradora, estagiária e assistente editorial na Editora Ática[https://www.aticascipione.com.br/]. Após sair de lá, tornou-se colaboradora e redatora do Portal Planeta Sustentável[https://www.planetasustentavel.org/] um blog criado pela Editora Planeta[https://www.planeta.es/en/editora-planeta-do-brasil], até 2009, quando foi para a Editora Moderna[https://www.moderna.com.br/] trabalhar como redatora e roteirista.
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A partir de 2010, a jornalista teve várias passagens em diversas instituições, como o Colégio Visconde de Porto Seguro[https://www.portoseguro.org.br/], sendo a coordenadora de tecnologia da educação e diretora de educação no Instituto Educadigital[https://educadigital.org.br/].
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Em 2013, no Senac de São Paulo[https://www.sp.senac.br/?gclid=Cj0KCQiAqbyNBhC2ARIsALDwAsBUDUP4q5UgfonBhfuAkYTHRFY-c2TBiUAnRkUxqN6_EJJa48xeAJ8aAphEEALw_wcB], começou a trabalhar como professora, onde foi consultora da área de tecnologia educacional para a concepção e o planejamento de um repositório federado. No ano seguinte, foi coordenadora pedagógica do curso de Direitos Humanos e Tecnologias, oferecido pela Ação Educativa[https://acaoeducativa.org.br/] em parceria com a Wikimedia Foundation[https://wikimediafoundation.org/]. Depois, tornou-se diretora colaboradora da Casa de Lua[https://spcultura.prefeitura.sp.gov.br/agente/2258/], uma organização feminista sem fins lucrativos sediada na Zona Oeste de São Paulo .
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Além disso, Bianca foi professora na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado)[https://www.faap.br/], na pós-graduação de Jornalismo Multimídia, e na Faculdade Cásper Líbero de 2014 a 2017. Entre 2016 e 2019, também foi redatora da Revista Cult[https://revistacult.uol.com.br/home/colunistas/bianca-santana/].
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Atualmente, a jornalista é diretora executiva da Casa Sueli Carneiro, uma organização da sociedade civil que está transformando a casa onde a filósofa Sueli Carneiro  viveu por 40 anos em um centro de formação e memória do movimento negro. Nela, ministra os cursos "Fazedoras de Memórias Negras” e “Ciclo de Conferências Negras”, com o Instituto Singularidades[https://institutosingularidades.edu.br/].  
  
Faz atendimentos com o Tarô de Marselha em encontros individuais ou em grupo.
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== Polêmicas ==
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Em maio de 2020, o presidente da República, Jair Bolsonaro , acusou Bianca de ter escrito uma notícia falsa a seu respeito. Apesar de o texto não ter sido escrito pela jornalista, o presidente insistiu em culpá-la dentro de uma live. Após ter reconhecido seu erro e pedido desculpas para Bianca em uma live posterior, o caso já havia sido levado à justiça pela escritora[https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-07-31/por-que-bolsonaro-pediu-desculpas-a-bianca-santana-face-da-acao-de-jornalistas-contra-ele-na-onu.html] [https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/bianca-santana/2020/06/02/por-que-fui-citada-por-jair-bolsonaro.htm], entrando com uma ação e representando uma série de organizações brasileiras no conselho de direitos humanos da ONU sobre as agressões contra mulheres jornalistas no Brasil. Em seguida, Bianca escreveu um texto no The Guardian[https://www.theguardian.com/commentisfree/2020/jun/22/jair-bolsonaro-fake-news-accusation-marielle-franco] explicando o contexto da acusação.
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No momento, o Presidente Bolsonaro está condenado em segunda instância  quanto ao ocorrido. Porém, recorreu com o processo, utilizando um recurso para o STJ  e STF . Desde o começo do processo, a indenização seria de R$50 mil a serem doados diretamente ao Instituto Marielle Franco , mas o juiz definiu apenas R$10 mil de punição, valor ainda não pago, pois Bolsonaro recorreu duas vezes no processo.
  
Autora do livro Quando me descobri negra (SESI-SP, 2015) e de uma biografia de Sueli Carneiro que está em processo de edição. Organizadora das coletâneas Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e políticas do cotidiano ( Oralituras, 2019), Vozes Insurgentes de Mulheres Negras: do século XVIII à primeira década do século XXI (Mazza Edições/ Fundação Rosa Luxemburgo, 2019), e Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas (Edufba/Casa de Cultura Digital, 2012).
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== Obras ==
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Além de jornalista, Bianca também é escritora e publicou seu primeiro livro em 2013, uma obra didática chamada “Aprender para contar: livro de alfabetização para jovens e adultos”[https://biancasantana.info/livros/]. Seu livro mais conhecido veio depois, “Quando me descobri negra”[https://biancasantana.info/livros/], que conta com relatos pessoais de outras mulheres e homens negros sobre experiências e histórias com a sua cor preta. Sua obra mais recente é “Continuo Preta: A Vida de Sueli carneiro”[https://biancasantana.info/livros/], publicada em 2021, onde conta a trajetória da filósofa e ativista Sueli Carneiro.
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Além disso, Bianca organizou e idealizou as coletâneas “Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e políticas do cotidiano"[https://biancasantana.info/livros/] (2019) e “Vozes Insurgentes de Mulheres Negras: do século XVIII à primeira década do século XXI”[https://biancasantana.info/livros/] (2019).
  
Pela UNEafro Brasil, contribuiu com a articulação da Coalizão Negra Por Direitos.
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== Prêmios e Homenagens ==
 
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É associada da SOF – Sempreviva Organização Feminista e compõe os conselhos da Artigo 19, dos institutos Marielle Franco e Vladimir Herzog. É uma das fundadoras da Casa de Lua Organização Feminista e da Casa da Cultura Digital, onde coordenou um projeto de recursos educacionais abertos.
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Em outubro de 2021, ganhou o Prêmio Destaque USP[https://www.prpg.usp.br/pt-br/noticias/7578-resultado-do-%E2%80%9Cpr%C3%AAmio-tese-destaque-usp-10%C2%AA-edi%C3%A7%C3%A3o], com sua tese de doutorado do ano anterior “A escrita de si de mulheres negras: memória e resistência ao racismo”[https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-01032021-161836/pt-br.php]. Quando estudante da Cásper Líbero, ganhou o prêmio da Expocom[https://www.portalintercom.org.br/premios_new/expocom1/apresentacao11] junto com o jornal da Faculdade em que trabalhava, o Esquinas[https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br/].
Escritora convidada na Feira do Livro de Frankfurt em 2018 e na Feira do Livro de Buenos Aires em 2019. Também foi uma das curadoras do Festival Literário de Iguape em 2019 e 2020.
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Foi escritora convidada na Feira do Livro de Frankfurt[https://www.deutschland.de/pt-br/novas-facetas-mercado-livreiro-em-transformacao] em 2018, ao lado de dois outros autores brasileiros para representar o país, e na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires em 2019[https://www.nfeiras.com/feria-internacional-del-libro-buenos-aires/], sendo a única escritora brasileira convidada para o evento. Também foi uma das curadoras do Festival Literário de Iguape[https://oficinasculturais.org.br/foto-e-video-festival-literario/fli-festival-literario-de-iguape-19/] em 2019 e 2020.
 
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Por fim, em 2016, seu livro “Quando me descobri negra” ganhou o Prêmio Jabuti pela ilustração de Mateu Velasco.
Participou da 44ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, representando diferentes organizações dos movimentos negro, feminista e de direitos humanos, sobre os ataques do governo a mulheres jornalistas.
 
 
 
Participou de uma entrevista do estúdio CBN - com tema 'Uma parte da sociedade brasileira não admite que somos um país racista'. E do podcast Ideias Negras número 32.
 
Desde 2016, Bianca sintetiza experiências em oficinas e laboratórios de escrita autobiográfica, propondo exercícios de escrita, reflexões teóricas acessíveis e dicas práticas, a partir de quatro eixos: 1. Escrita de si e autobiografia; 2. Ponto de vista, ponto de partida e descrição densa; 3. Memória individual e coletiva e 4. Tempo e espaço do vivido e do narrado.
 
 
 
===HOMENAGENS E PRÊMIOS===
 
Seu livro Quando me descobri negra(2015) foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2016 na categoria "Ilustração" e incluído na lista de livros do PNLD - Programa Nacional do Livro e Material Didático do MEC (Ministério da Educação).
 
 
 
Foi considerada "mulher inspiradora" em 2015 e 2016, na área da literatura, pelo projeto feminista Think Olga.
 
 
 
===VIDA PESSOAL===
 
Nascida e criada na zona norte de São Paulo, Bianca Santana saiu ainda jovem da periferia e foi morar no centro da cidade. A transição, porém, foi marcada por inúmeras experiências que constituíram sua identidade racial e seu ativismo - é militante feminista.
 

Edição das 22h50min de 9 de dezembro de 2021

Bianca Maria Santana de Brito é uma jornalista, escritora e professora brasileira. Nascida em São Paulo Capital no dia 23 de Abril de 1984, é autora de "Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro"[1] e de "Quando me decobri negra[2], o qual recebeu o Prêmio Jabuti[3] de melhor ilustração. Atualmente a jornalista é colunista da Revista Gama[4] e colaboradora da Revista Cult [5]. Também é diretora executiva da Casa Sueli Carneiro, onde ministra os cursos "Fazedoras de Memórias Negras" e "Ciclo de Conferências Negras", com o Instituto Singularidades[6]. Compõe os conselhos da Artigo 19, dos institutos Marielle Franco[7]e Vladmir Herzog[8]. Também foi escritora residente na Escola de Português de Middlebury College[9] em 2021.

Biografia


Formada em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero[10], é mestre em Educação e doutora em Ciência da Informação pela Universidade de São Paulo[11]. Em sua trajetória acadêmica, pesquisou os recursos educacionais abertos, onde co-organizou a pesquisa "Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas"[12] junto a Carolina Rossini e Nelson De Luca Pretto. Foi considerada "mulher inspiradora" em 2015 e 2016, na área da literatura, pelo projeto feminista Think Olga[13]. É ativista do movimento negro e do movimento feminista, sendo associada da SOF – Sempreviva Organização Feminista[14]. Era uma das representantes da coalizão negra por direitos[15] na Uneafro[16], onde ajudou na sua formação, que hoje reúne 250 entidades de movimento negro de todo o Brasil. Além disso, é uma simpatizante não iniciada da religião do candomblé, como falou em entrevista dada para o projeto WikiAfro em outubro de 2021. Organizou a coletânea "Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e polícias do cotidiano"[17] e "Vozes insurgentes de mulheres negras: do século XVIII à primeira década do século XXI"[18]. Também é uma taróloga, onde foi incentivada por sua tia pela prática, como conta em entrevista para a revista Cláudia[19].

Vida Pessoal


Nascida e criada em São Paulo, na Zona Norte, próximo a Vila Medeiros, Bianca mudou de bairro aos 3 anos para a Vila Sabrina. Depois, aos 14, se mudou com a família para a fronteira entre Jardim Brasil e Parque Edu Chaves, onde foi bolsista na escola técnica integrada ao ensino médio no Liceu de Artes e Ofícios[20], estudando desenhos de construção civil. Em 2003, quando entrou na Faculdade Cásper Líbero, no curso de Jornalismo[21], começou a morar no centro da cidade enquanto trabalhava. No início, Bianca além de cursar jornalismo também cursava ciências sociais na Universidade de São Paulo (USP)[22], até que desistiu em 2005, focando apenas no curso de comunicação e se formando neste em 2006. Bianca Santana possui mestrado na FEA (Faculdade de Educação da USP) (de 2008 até 2012), sobre as “Tecnologias de Informação e Comunicação na educação de Jovens e Adultos”[23]. Também fez doutorado em Ciência da Informação na ECA (Escola de Comunicações e Artes da USP), sobre “A escrita de si de mulheres negras: memória e resistência ao racismo”[24], começando em 2016 e finalizando a pesquisa em 2020. Seu primeiro estágio foi em um escritório de engenharia, onde calculava a quantidade de concreto armado para as lajes. Fez os cálculos das lajes da nova ala do Hospital São Luiz, onde posteriormente teve seus filhos. Depois, foi professora de inglês em uma escola ligada a alguns sindicatos, além de trabalhar na Cásper Líbero como editora do Jornal Laboratorial Esquinas[25]. Em 2001, Bianca fraturou duas vértebras ao cair de uma altura de sete metros, quebrando a C5 e a C6, próxima à região do pescoço. No mesmo ano, ainda se recuperando da queda com um colar cervical, a jornalista descobriu um nódulo benigno no seio, precisando entrar em cirurgia e fazer biópsia. Em 2008, grávida de seu primogênito Lucas, Bianca começou a morar junto de seu companheiro, com quem é casada desde 2012, quando estava grávida de sua caçula, Cecília. Em sua primeira gestação, ela teve pré-eclâmpsia, uma situação de risco tanto para a mãe quanto para o filho, o que a obrigou a realizar parto induzido. O filho do meio, Pedro, nasceu dois anos depois. Bianca, na época da escola, era muito boa em matemática e sempre gostou muito da matéria, apesar de procurar uma profissão onde poderia fazer alguma diferença social. Por conta dessa vontade, quando criança cogitou se tornar freira, e mais tarde tentou fazer medicina em Cuba.

Carreira


No primeiro momento, Bianca não pensava em seguir a carreira de jornalismo, cogitando a possibilidade de se tornar professora. No final do ensino médio, encaminhou alguns documentos para Cuba para tentar ingressar em uma faculdade de medicina. Apesar de ter passado, após o acidente que comprometeu duas de suas vértebras, ela desistiu da ideia e prestou 5 cursos de vestibular: relações internacionais, psicologia, ciências sociais, filosofia e jornalismo. Este último só se tornou uma opção após uma conversa com a bibliotecária da escola que a recomendou o curso. Desigualdade era algo que a incomodava e seu desejo de trabalhar pelas pessoas a motivou com a escolha de carreira. Entre 2006 e 2007, Bianca foi colaboradora, estagiária e assistente editorial na Editora Ática[26]. Após sair de lá, tornou-se colaboradora e redatora do Portal Planeta Sustentável[27] um blog criado pela Editora Planeta[28], até 2009, quando foi para a Editora Moderna[29] trabalhar como redatora e roteirista. A partir de 2010, a jornalista teve várias passagens em diversas instituições, como o Colégio Visconde de Porto Seguro[30], sendo a coordenadora de tecnologia da educação e diretora de educação no Instituto Educadigital[31]. Em 2013, no Senac de São Paulo[32], começou a trabalhar como professora, onde foi consultora da área de tecnologia educacional para a concepção e o planejamento de um repositório federado. No ano seguinte, foi coordenadora pedagógica do curso de Direitos Humanos e Tecnologias, oferecido pela Ação Educativa[33] em parceria com a Wikimedia Foundation[34]. Depois, tornou-se diretora colaboradora da Casa de Lua[35], uma organização feminista sem fins lucrativos sediada na Zona Oeste de São Paulo . Além disso, Bianca foi professora na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado)[36], na pós-graduação de Jornalismo Multimídia, e na Faculdade Cásper Líbero de 2014 a 2017. Entre 2016 e 2019, também foi redatora da Revista Cult[37]. Atualmente, a jornalista é diretora executiva da Casa Sueli Carneiro, uma organização da sociedade civil que está transformando a casa onde a filósofa Sueli Carneiro viveu por 40 anos em um centro de formação e memória do movimento negro. Nela, ministra os cursos "Fazedoras de Memórias Negras” e “Ciclo de Conferências Negras”, com o Instituto Singularidades[38].

Polêmicas


Em maio de 2020, o presidente da República, Jair Bolsonaro , acusou Bianca de ter escrito uma notícia falsa a seu respeito. Apesar de o texto não ter sido escrito pela jornalista, o presidente insistiu em culpá-la dentro de uma live. Após ter reconhecido seu erro e pedido desculpas para Bianca em uma live posterior, o caso já havia sido levado à justiça pela escritora[39] [40], entrando com uma ação e representando uma série de organizações brasileiras no conselho de direitos humanos da ONU sobre as agressões contra mulheres jornalistas no Brasil. Em seguida, Bianca escreveu um texto no The Guardian[41] explicando o contexto da acusação. No momento, o Presidente Bolsonaro está condenado em segunda instância quanto ao ocorrido. Porém, recorreu com o processo, utilizando um recurso para o STJ e STF . Desde o começo do processo, a indenização seria de R$50 mil a serem doados diretamente ao Instituto Marielle Franco , mas o juiz definiu apenas R$10 mil de punição, valor ainda não pago, pois Bolsonaro recorreu duas vezes no processo.

Obras


Além de jornalista, Bianca também é escritora e publicou seu primeiro livro em 2013, uma obra didática chamada “Aprender para contar: livro de alfabetização para jovens e adultos”[42]. Seu livro mais conhecido veio depois, “Quando me descobri negra”[43], que conta com relatos pessoais de outras mulheres e homens negros sobre experiências e histórias com a sua cor preta. Sua obra mais recente é “Continuo Preta: A Vida de Sueli carneiro”[44], publicada em 2021, onde conta a trajetória da filósofa e ativista Sueli Carneiro. Além disso, Bianca organizou e idealizou as coletâneas “Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e políticas do cotidiano"[45] (2019) e “Vozes Insurgentes de Mulheres Negras: do século XVIII à primeira década do século XXI”[46] (2019).

Prêmios e Homenagens


Em outubro de 2021, ganhou o Prêmio Destaque USP[47], com sua tese de doutorado do ano anterior “A escrita de si de mulheres negras: memória e resistência ao racismo”[48]. Quando estudante da Cásper Líbero, ganhou o prêmio da Expocom[49] junto com o jornal da Faculdade em que trabalhava, o Esquinas[50]. Foi escritora convidada na Feira do Livro de Frankfurt[51] em 2018, ao lado de dois outros autores brasileiros para representar o país, e na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires em 2019[52], sendo a única escritora brasileira convidada para o evento. Também foi uma das curadoras do Festival Literário de Iguape[53] em 2019 e 2020. Por fim, em 2016, seu livro “Quando me descobri negra” ganhou o Prêmio Jabuti pela ilustração de Mateu Velasco.